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Mortes hospitalares em 2015

Mortes hospitalares em 2015


A propósito de notícias difundidas pela Comunicação Social sobre “700 mortes nas urgências hospitalares só em janeiro” esclarece-se:

 

  1. A mortalidade geral é um fenómeno natural que ocorre ao longo do ano com uma distribuição desigual por dias, por semanas e por meses. Habitualmente morrem no mês de janeiro entre 12.000 a 13.000 cidadãos, enquanto que no mês de agosto são cerca de 7.000 a 8.000. Estas diferenças, sublinha-se, são habituais e observam-se sempre. Explicam, também, a curva sinusoidal que representa a mortalidade geral ao longo das semanas do ano: constantemente mais alta nas semanas frias. Sempre assim aconteceu, tal como sempre acontecerá no futuro;
  2. Em 2015 estima-se que irão morrer até ao final do ano entre 105.000 a 107.000 portugueses. Destes, mais de 60.000 morrerão em estabelecimentos hospitalares, incluindo serviços de urgência;
  3. Este ano, nas primeiras semanas do ano, têm sido registados excessos de mortalidade em Portugal, Inglaterra, Escócia e Holanda, entre outros países europeus. Estes excessos verificados em relação à mortalidade esperada são, igualmente, habituais e, em regra, observaram-se em anos anteriores, associados quer a temperaturas baixas quer altas, respetivamente no Inverno ou no verão (fenómenos climáticos extremos);
  4. Os serviços de meteorologia (IPMA) registaram uma onda de frio a partir de 15 de dezembro de 2014 caracterizada por um valor médio das temperaturas mínimas de 3,6 º C, isto é, inferiores ao valor normal para a época em 2,4 º C. Este fenómeno tem, seguramente, relação com o descrito nos parágrafos anteriores.