Direção-Geral da Saúde

A Região de Saúde de Lisboa e Vale do Tejo tem agora à sua disposição este Observatório Regional de Saúde, o qual fornece o acesso a diversas bases de dados sobre assuntos prioritários em Saúde, designadamente:

1 – O Perfil de Saúde da Região de Lisboa e Vale do Tejo.
2 – O Perfil de Saúde dos 22 ACES da Região de Lisboa e Vale do Tejo.
3 – O Perfil dos Sistemas de Saúde de Lisboa e Vale do Tejo.
4 – O Perfil Ambiental da Região de Lisboa e Vale do Tejo.
5 – O Perfil de Saúde Infantil da Região de Lisboa e Vale do Tejo por ACES.

Está também em construção o Perfil Social da Região de Lisboa e Vale do Tejo, o qual será disponibilizado ainda em 2012.

Nestes diversos perfis de saúde estão incluídos valores que incluem a Mortalidade, a Carga da Doença, Doenças Transmissíveis e Não Transmissíveis, Fatores de Risco, Saúde Ambiental, Violência, Equidade, entre outros, designadamente no que concerne à resposta que a Região está a dar à consecução dos Objetivos de Desenvolvimento do Milénio, em matérias como: nutrição, saúde infantil, saúde materna, saúde reprodutiva, imunização, HIV/AIDS, tuberculose, água e saneamento.

De acordo com a Organização Mundial da Saúde a saúde deve ser considerada não apenas no sentido estrito de ausência de doença, mas num sentido mais abrangente, i.e., de bem-estar físico, mental e social, sendo influenciada por determinantes que englobam fatores de natureza hereditária, biológicos, de estilos de vida, pelo ambiente social e físico e pelo próprio sistema prestador de cuidados de saúde.

Assim, com a implementação deste Observatório Regional de Saúde de Lisboa e Vale do Tejo pretende-se atingir os seguintes objetivos:

1 - reforçar a cadeia de informação, através da integração do conhecimento existente sobre os fatores de risco e os seus efeitos na saúde, de forma a permitir uma melhor compreensão desta problemática;

2 - colmatar lacunas ao nível do conhecimento, através do reforço da investigação e identificação das questões emergentes;

3 - promover uma adequação das políticas e das estratégias, através de implementação de um planeamento estratégico consentâneo com uma atualização permanente das realidades em saúde;

4 - melhorar a comunicação, através da sensibilização, formação e educação dos profissionais e da população em geral, com vista a uma mais adequada comunicação do risco.

Somente através da disponibilização destes dados e do seu tratamento é possível elaborar Planos de Saúde, incluindo Programas e Projetos de Intervenção, suscetíveis de reduzirem a carga de doença na população da Região.

A Saúde é um capital adquirido à nascença, sendo um direito e um dever a necessidade de criar mecanismos para a sua rentabilização, os quais devem minimizar os fatores de risco que possam conduzir à redução desse capital. Sabe-se também que a saúde, quer a nível individual, quer comunitário, reflete muitas das medidas adotadas noutros sectores, sendo uma variável dependente do sistema social, económico e ambiental.

Ao estabelecer um quadro de causalidade entre a exposição a determinados fatores de risco e os seus efeitos adversos na saúde humana e ao identificar a incidência e a prevalência de patologias na população da Região e em certos grupos populacionais específicos, o Observatório Regional de Saúde permite fornecer a plataforma com base na qual é possível implementar medidas corretivas e planear respostas de antecipação aos desafios emergentes, estabelecendo políticas e linhas de atuação que maximizem predominantemente a ação preventiva, sem descurar a importância da ação curativa, atuando tão mais a montante das situações quanto possível.

Em última análise, o Observatório Regional de Saúde tem como desígnio melhorar a eficácia das políticas de prevenção, assim como o controlo e a redução de riscos para a saúde, promovendo a integração do conhecimento e a inovação e contribuindo para o desenvolvimento económico e social do país.