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Relatório do Programa Nacional para a Diabetes: Desafios e Estratégias 2019

Relatório Programa Nacional para a Diabetes:

Relatório do Programa Nacional para a Diabetes: Melhor acesso a dispositivos de insulina e aumento do rastreio da retinopatia diabética.

As crianças e jovens diabéticas portuguesas já estão todas a receber tratamento através de dispositivos de Perfusão Subcutânea Contínua de Insulina, PSCI (“bombas de insulina”). A cobertura total da população até aos 18 anos foi atingida no final do ano, com a aplicação do despacho 13 277/2016 que veio permitir a cobertura de todas as crianças elegíveis até aos 10 anos até ao final de 2017, de todas as crianças elegíveis até aos 14 anos até ao final de 2018 e previu o acesso a tratamento com estes dispositivos a toda a população elegível até aos 18 anos até ao final do ano passado. Para além disso, houve um aumento das chamadas para o SNS 24 relacionadas com a Diabetes, o rastreio de Retinopatia Diabética apresenta uma cobertura geográfica de 82% e diminuíram as amputações dos membros inferiores devido à Diabetes. 

Os dados constam do Relatório do Programa Nacional para a Diabetes: Melhor acesso a dispositivos de insulina e aumento do rastreio da retinopatia diabética. 

 O reconhecimento da prevalência crescente da Diabetes em Portugal, à semelhança da maioria dos países em todo o mundo, é há muito uma preocupação da Direção-Geral da Saúde, para a qual os esforços desenvolvidos na prevenção e no tratamento desta doença crónica e das suas complicações passaram a figurar como um programa prioritário: O Programa Nacional para a Diabetes. 

No âmbito do Programa, até 2016, foram distribuídos 100 dispositivos de PSCI a utentes com idade superior a 5 anos, 30 dispositivos de PSCI a mulheres grávidas ou em preconceção e eram atribuídos dispositivos de PSCI a todas as crianças com 5 anos ou menos. 

O relatório dá ainda conta que mais de 8000 chamadas foram realizadas para o SNS24 por problemas relacionados com a Diabetes, um número que tem vindo a crescer desde 2014. Este é um serviço com boa capacidade de resposta e potencial para responder a mais chamadas por Diabetes, o que pode resolver de imediato alguns problemas dos utentes com esta patologia e reduzir a afluência desnecessária aos serviços de urgência. 

Relativamente à Diabetes tipo 1, os dados do registo de Diabetes em crianças e jovens revelam uma taxa de prevalência de pelo menos 0,2% entre os 0-19 anos. Quanto à Diabetes Gestacional, os dados provisórios apontam para uma prevalência de 6,5%. Os registos dos cuidados de saúde primários apontam para uma proporção de 8% com diagnóstico de Diabetes conhecido entre os utentes registados nos cuidados de saúde primários. 

O rastreio de Retinopatia Diabética apresenta cobertura geográfica de 82%. Em 2018 foram rastreados 218 223 utentes, dos quais 4% revelaram Retinopatia Diabética e foram encaminhados para consulta de referência hospitalar. 

Nos hospitais do SNS, 12,5% das pessoas admitidas têm Diabetes, embora o motivo da admissão possa ser por outra causa. Destaca-se que o número de amputações dos membros inferiores devido à diabetes tem diminuído. 

Quanto ao consumo de medicamentos e dispositivos médicos em ambulatório, regista-se um aumento nos últimos anos, justificado pelo maior número de pessoas com Diabetes diagnosticadas e medicadas. 

Finalmente, para 2020-2021, o Programa Nacional para a Diabetes prevê as seguintes atividades: reforço da vigilância epidemiológica e promoção do diagnóstico e prevenção da diabetes tipo 2. 

Neste contexto, afigura-se como importante o estabelecimento de parcerias estratégicas com as organizações da sociedade civil que trabalham nesta área, prestando apoio aos doentes e contribuindo para melhorar o conhecimento epidemiológico sobre a diabetes em Portugal. 

Consulte o Relatório Programa Nacional para a Diabetes: Desafios e Estratégias 2019