Direção-Geral da Saúde

Prevenção e Controlo

A prevenção destas infeções tem como principal objetivo diminuir a formação e disseminação de aerossóis potencialmente infetantes.

Assim, como medidas de prevenção primária, haverá que considerar:

  • Cuidados a observar no projeto de instalações associadas a um maior risco de infeção (exemplo: colocação de entradas de ar novo longe de torres de arrefecimento de sistemas de condicionamento de ar; evitar zonas de estagnação no sistema de distribuição de água quente e fria).
  • Estabelecimento de protocolos de manutenção e desinfeção periódicas do equipamento potencialmente gerador de aerossóis e que reconhecidamente possa favorecer a multiplicação destas bactérias
  • Nos sistemas de distribuição de água, particularmente em grandes edifícios, e sobretudo nos que por razões de planeamento interno, encerram parcial ou totalmente em determinados períodos, a temperatura deve manter-se entre valores que dificultem a multiplicação destes microrganismos (água quente superior a 50ºC e água fria inferior a 20ºC).
  • Uso de máscaras apropriadas pelos trabalhadores que lidam com estas instalações e/ou que são responsáveis pela sua manutenção.
  • Em ambiente hospitalar, para além das medidas acima referidas, deverá ter-se em conta comportamentos quer de diagnóstico quer terapêuticos, com risco de formação de aerossóis. Deverá dar-se atenção especial a Serviços com doentes imunocomprometidos, especialmente unidades de transplantação. São exemplo dessas medidas, a lavagem e desinfeção periódicas dos crivos de torneiras e chuveiros usados pelos doentes, lavagem dos dentes usando água engarrafada, uso de água estéril em sistemas de terapia respiratória entre outros.

No que diz respeito à prevenção secundária e de acordo com as recomendações do CDC de Atlanta, deve ser feita vigilância clínica, através do despiste sistemático de Doença dos Legionários em doentes com fatores de risco e que tenham adquirido pneumonia associada a cuidados de saúde.

Documentos técnicos de apoio: