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A Saúde dos Adolescentes Portugueses em contexto de Pandemia: apresentação dos resultados nacionais do estudo

A Saúde dos Adolescentes Portugueses em contexto de Pandemia: apresentação dos resultados nacionais

O Subdiretor-Geral da Saúde em regime de substituição, André Peralta-Santos, defendeu, na abertura da sessão online de apresentação dos Resultados Nacionais do Estudo Health Behaviour in School-aged Children / Organização Mundial de Saúde (HBSC/OMS), que “a Direção-Geral da Saúde (DGS) vai continuar este esforço de tentar perceber aqueles que foram os impactos da COVID-19 nas suas diversas vertentes, nos serviços de saúde, no bem-estar e na saúde dos adolescentes”.

Este estudo, que analisa o impacto da pandemia COVID-19 na saúde e bem-estar dos jovens europeus e é realizado pela equipa Aventura Social com o apoio da DGS, revela que entre 15% a 30% dos adolescentes reportaram que a pandemia teve um impacto negativo nas suas vidas. A pressão com a escola foi percecionada por 50% dos adolescentes inquiridos, sendo maior quanto mais tempo as escolas estiveram fechadas. O suporte da família, professores e colegas foi um fator protetor do impacto negativo.

Na sessão de apresentação, moderada pela Diretora da Direção de Serviços de Prevenção da Doença e Promoção da Saúde da DGS, Benvinda Estela dos Santos, a Coordenadora Nacional e dos Países Mediterrâneos do Health Behavior School Aged Children / OMS, Tânia Gaspar, destacou que “as escolas são um contexto privilegiado de intervenção em saúde mental. Mas a escola sozinha não o consegue fazer. É fundamental trabalhar e dar espaço a professores, aos pais e encarregados de educação”.

Barbara Menezes, coordenadora do Programa Nacional de Saúde Infantil e Juvenil e coordenadora adjunta do Programa Nacional de Prevenção da Violência no Ciclo de vida da DGS, acentuou que “este estudo veio reforçar a necessidade de se investir na saúde mental, assim como em serviços saúde sem barreiras, onde os jovens se sintam acolhidos”.

O estudo, realizado de 4 em 4 anos em 51 países incluindo Portugal, revela que em relação à saúde mental e bem-estar cerca de 30% dos jovens reportam impacto negativo da pandemia.  As raparigas e os adolescentes mais velhos são os que reportam mais.

Veja aqui a sessão de apresentação online e conheça aqui os relatórios:

Age, gender and class: how the COVID-19 pandemic affectedschool-aged children in the WHO European Region

A network of care: the importance of social support foradolescents in the WHO European Region during the COVID-19 pandemic

Navigating uncharted territory: school closures andadolescent experiences during the COVID-19 pandemic in the WHO European Region

Coping through crisis: COVID-19 pandemic experiences andadolescent mental health and well-being in the WHO European Region