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Adesão dos profissionais de saúde à higiene das mãos é de 80%

Adesão dos profissionais de saúde à higiene das mãos é de 80%

A adesão dos profissionais de saúde à higiene das mãos (HM) nas unidades de saúde (US) registou em 2023 uma taxa de cumprimento de 80%, percentagem que se mantém face a 2022, e que tem vindo a crescer desde 2015, quando se registava uma taxa de 73,1%. Os dados são revelados no Dia Mundial da Higiene das Mãos - 5 de maio - pelo Programa de Prevenção e Controlo de Infeções e de Resistência a Antimicrobianos (PPCIRA) da Direção-Geral da Saúde (DGS).

Em 2020, com a pandemia por COVID-19, registou-se um aumento significativo do cumprimento da HM (82,6%), reduzindo-se de forma pouco significativa entre 2021-2022. No entanto, os valores de 2023 mantêm-se acima dos atingidos em 2019 (75,7%).

Desde 2009 tem vindo a aumentar, significativamente, o número de unidades de saúde aderentes à monitorização da HM. Em 2009 eram 98 unidades de saúde aderentes (maioritariamente Hospitais), e em 2023 eram 181 as US aderentes a esta prática, abrangendo Unidades de Cuidados Continuados Integrados (UCCI) e ACES.

No que diz respeito à avaliação do cumprimento da HM nos 5 momentos considerados obrigatórios para a HM, no primeiro momento – antes do contacto com o doente – foi de 73,2%, também sobreponível com o ano de 2022. Desta forma reforça-se a importância do cumprimento da HM em todos os cinco momentos: antes do contacto com o doente, antes de procedimentos limpos ou asséticos, após risco de exposição a fluídos biológicos, após contacto com o doente e após contacto com o ambiente do doente.

Na adesão das instituições à Estratégia Multimodal das Precauções Básicas em Controlo de Infeção (PBCI), que integra os módulos de HM, Uso e Gestão de Luvas e Auditorias às Precauções Básicas em Controlo de Infeção, destaca-se uma maior adesão das UCCI. 

Da análise dos dados verifica-se, também, que se mantém a perceção, pelos profissionais de saúde, que nas situações de uso de luvas na prestação de cuidados não é necessária a HM (antes e depois da sua colocação), sendo este um procedimento incorreto potenciador da transmissão de microrganismos, o que representa uma necessidade de reforço de formação para todos os envolvidos. 

Relativamente à Adequação das Estruturas e Processos nos dez componentes das PBCI, entre 2019 – 2023, observa-se que ao longo dos últimos quatro anos não se tem verificado grande variação, registando-se uma melhoria na percentagem de adequação das estruturas e processos nas precauções básicas em controlo de infeção entre 2019 e 2020, com o início da Pandemia COVID-19.

As estimativas indicam que em 2050 a mortalidade por infeções associadas aos cuidados de saúde e relacionadas com a resistências aos antibióticos será igual à mortalidade por cancro: 10 000 000 de pessoas em todo o mundo.  

Em 2024, a DGS junta-se à Organização Mundial de Saúde (OMS) na comemoração do Dia Mundial da Higiene das Mãos, salientando a importância da promoção do conhecimento e do desenvolvimento de competências dos profissionais de saúde e cuidadores sobre prevenção e controlo de infeção, incluindo a HM, através de estratégias de formação e de educação inovadoras e impactantes.

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