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Adesão dos profissionais de saúde à higiene das mãos regista tendência crescente

Adesão dos profissionais de saúde à higiene das mãos regista tendência crescente

A adesão dos profissionais de saúde à higiene das mãos (HM) nas unidades de saúde (US) registou em 2022 uma taxa de cumprimento de 80%, verificando-se uma tendência crescente desde 2015. Os dados, revelados no Dia Mundial da Higiene das Mãos - 5 de maio - constam do mais recente relatório “A Estratégia Multimodal das Precauções Básicas de Controlo de Infeção” (EM-PBCI), desenvolvido pelo Programa de Prevenção e Controlo de Infeções e de Resistência a Antimicrobianos (PPCIRA) da Direção-Geral da Saúde (DGS).

No que se refere ao cumprimento da taxa de HM, verifica-se um aumento sólido e consistente, de 73,1% em 2015 para 80% em 2022. Em 2020, com a pandemia por COVID-19, registou-se um aumento significativo do cumprimento da HM (82,6%), reduzindo-se de forma pouco significativa entre 2021-2022. No entanto, os valores de 2022 mantêm-se acima dos atingidos em 2019 (75,7%).

Desde 2009 tem vindo a aumentar significativamente o número de unidades de saúde aderentes à monitorização da HM. Apesar do decréscimo em 2020, em 2022 registou-se o mesmo número de unidades de saúde aderentes que em 2019: 172.

De acordo com o relatório, também o índice global de qualidade (cumprimento) do uso adequado de luvas apresenta uma evolução positiva, registando-se em 2022 uma taxa de 89% entre os profissionais de saúde. Em 2022, 112 unidades de saúde tinham aderido à monitorização do uso de luvas.

O consumo da solução antissética de base alcoólica (SABA) nas US (em litros por 1.000 dias de internamento) aumentou significativamente em 2020 no âmbito da pandemia por COVID-19, reduzindo-se em 2021 e 2022, apesar de se manterem ainda acima dos valores anteriores à pandemia.

A EM-PBCI é um programa de vigilância epidemiológica (VE) de processos e de estruturas, com o objetivo de dotar as US com informação padronizada e consistente, sobre o cumprimento da Higiene das Mãos (HM) por parte dos profissionais de saúde.

Para 2023, pretende-se convocar todos os profissionais de saúde para atingirmos uma taxa de cumprimento da higiene das mãos no primeiro momento (antes/contacto com o doente) de pelo menos 90%, em pelo menos 90% das nossas unidades de saúde.