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Os mais recentes dados do estudo “Índice do Estigma das Pessoas que Vivem com VIH (Stigma Index)” foram apresentados a 1 de março de 2023, no Auditório António de Almeida Santos, na Assembleia da República, na presença da Diretora-Geral da Saúde, Graça Freitas, que destacou o trabalho feito contra o estigma e a discriminação.

“Nunca é demais agradecer a todas e a todos que continuam diariamente a trabalhar para que Portugal seja um lugar com zero estigma e discriminação, humanizado e inclusivo, lutando contra todas as formas de segregação, de desigualdade e de injustiça”, referiu Graça Freitas durante a apresentação dos resultados do estudo.

Com a participação da DGS, este estudo revela que quatro em cada dez pessoas que vivem com VIH já foram alvo de algum tipo de discriminação social, e 15% já sofreram alguma situação de violação dos seus direitos. O estudo demonstra também uma diminuição das situações de discriminação face a 2013, destacando-se, no entanto, a pioria da confidencialidade dos registos médicos e a atuação perante situações de discriminação.

Aplicado pelo Centro Anti-Discriminação VIH, o estudo teve financiamento da Direção-Geral da Saúde, parceria com a Escola Nacional de Saúde Pública, e a participação de 1.095 pessoas que vivem com VIH, das regiões de Lisboa, Porto, Coimbra e Faro.

Graça Freitas destacou que “não podemos nunca perder de vista que o nosso sucesso enquanto País na prossecução das metas ONUSIDA está fortemente dependente daquilo que formos capazes de fazer pela defesa dos direitos das pessoas que vivem com VIH”.

No encerramento da sessão, a Secretária de Estado da Promoção da Saúde, Margarida Tavares, frisou que “se é certo que os resultados dos últimos dois anos mostram uma evolução globalmente favorável ao nível do estigma e da discriminação sofridos pelas pessoas que vivem com VIH quando comparados com 2013, é igualmente verdade que os dados evidenciam dificuldades persistentes em várias áreas”.