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Controlo da COVID-19 já é um reflexo da vacinação

Controlo da COVID-19 já é um reflexo da vacinação

O coordenador Comissão Técnica de Vacinação contra a COVID-19 da Direção-Geral da Saúde, Válter Fonseca, fez um balanço positivo do Plano de Vacinação, que completou cinco meses. Em entrevista ao Diário de Notícias, referiu que, com “parte do controlo hoje da doença já reflete a vacinação”, destacando, em particular, que os grupos de maior vulnerabilidade da fase 1 já têm uma cobertura vacinal muito elevada.

Em relação à vacina da Astrazeneca, Válter Fonseca assegurou que “não há razões para haver desconfiança. Pelo contrário, o facto de terem sido detetados todos os fenómenos demonstra que as autoridades de saúde e do medicamento estão muito atentas e a monitorizar diariamente o que se passa com as vacinas, de forma a não colocar ninguém em risco. O sistema de vigilância permite-nos ter acesso à informação sobre o que está a acontecer com as vacinas muito rapidamente e há de imediato um escrutínio. Isto é um sinal de que os cidadãos podem confiar nas autoridades e nos profissionais de saúde.

Relativamente à imunidade de grupo, que tem sido considerada em torno dos 70%, Válter Fonseca refere que é necessário atentar à imunidade grupo nas particularidades desta infeção. “A vacina tem de impedir a transmissão e o que sabemos atualmente é que previne a infeção sintomática, que tem um impacto significativo em termos de redução de internamentos e de prevenção da mortalidade. Agora começam a surgir estudos que demonstram também que têm impacto na redução das infeções assintomáticas, embora ainda não seja claro que também têm impacto na transmissão do vírus.”

Relativamente à possibilidade de os menores de 60 anos que tomaram uma dose da vacina da Astrazeneca poderem tomar outra vacina, referiu que “é uma hipótese que está validada pelos estudos. Contudo, há estudos em curso sobre todos os cenários alternativos e cujos resultados conheceremos nos próximos dias ou semanas, ainda em maio”. Como todas as vacinas aprovadas contra a COVID-19 estão a ser feitas contra a mesma proteína, “o sistema imunitário vai responder de forma muito semelhante. Isto permite-nos considerar como provável que vacinas diferentes na primeira e na segunda dose tenham o mesmo resultado. É esquema vacinal misto. São estes estudos que estão praticamente a ser concluídos e que pensamos que rapidamente irão dar uma recomendação que defina melhor esta questão.

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