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Declaração de Lisboa: saúde mental e ambientes amigos das pessoas idosas

OMS

O desenvolvimento de planos para a saúde, nomeadamente na área das demências, a oferta de cuidados de saúde de alta qualidade e acessíveis e o envolvimento das pessoas idosas na criação de ambientes amigos da idade são algumas das propostas endereçadas pelo Lisbon Outcome Statement (Declaração de Lisboa), que foi apresentado durante o Encontro Regional sobre Políticas Inovadoras para o Envelhecimento Saudável, que foi organizado pela Direção-Geral da Saúde (DGS) e pela Organização Mundial de Saúde (OMS).
O documento, que foi consensualizado entre peritos de vários países, apela ao envolvimento de todos os parceiros, nomeadamente pessoas de organizações internacionais, intergovernamentais, da sociedade civil e organizações não governamentais, academia, media, setor privado e entidades relevantes. Define cinco prioridades que podem contribuir para o envelhecimento saudável:

1. Medidas preventivas para o bem-estar físico, social e mental;
2. Criação de ambientes que tornem possível um maior envolvimento das pessoas nas comunidades ao longo do ciclo de vida, nomeadamente através de uma Era digital mais amiga da idade;
3. Acesso a cuidados de elevada qualidade, acessíveis e de suporte às pessoas idosas, aos seus familiares e cuidadores;
4. Implementação efetiva de políticas que alavanquem o potencial das pessoas mais velhas, nomeadamente combatendo o idadismo, a violência e o estigma;
5. A disponibilização de dados e evidência que possam habilitar ações em torno do envelhecimento saudável.

O Subdiretor-Geral da Saúde, André Peralta-Santos, destacou a importância deste compromisso: “a Declaração de Lisboa é uma oportunidade para reconstruir e rejuvenescer, o que só é possível quando vários parceiros e países trabalham em conjunto. Temos de garantir que o aumento da longevidade que a ciência nos proporciona esteja associado a anos com saúde, independência e realização”. 
Yongjie Yon, responsável na área do envelhecimento e saúde da OMS Europa, referiu que “se pretende reconstruir a história em torno do envelhecimento. O idadismo separa-nos e atrapalha o nosso potencial coletivo. Vamos quebrar barreiras e criar ambientes amigos das pessoas idosas, que capacitem todos para se conectarem, prosperarem e florescerem”.
O evento que termina hoje juntou mais de 120 peritos de 53 países e foi preparado em articulação com a Coordenação do Plano de Ação de Envelhecimento Ativo e Saudável do Ministério da Saúde e do Ministério do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social.