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Equipa de resposta ao surto Mpox publica na Revista Nature Medicine

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A equipa multidisciplinar e interinstitucional da Direção-Geral da Saúde (DGS) de resposta ao mpox publicou um artigo na Nature Medicine, uma das revistas de maior impacto a nível internacional. Este artigo realça a relevância de integração de dados e informação  na compreensão do surto e na resposta à emergências de saúde pública.

A publicação resultou da parceria direta entre os peritos da Vigilância Epidemiológica da Direção de Serviços de Informação e Análise da DGS e da Unidade de Genómica e Bioinformática do Instituto Nacional de Saúde Dr. Ricardo Jorge (INSA), e dos contributos dos restantes elementos da equipa de resposta nacional ao surto, que inclui peritos nas áreas de epidemiologia, laboratório, clínica, saúde pública e comunicação. 

Os resultados do trabalho desenvolvido, com a sequenciação genómica realizada pelo INSA e a informação da investigação epidemiológica recolhida pelos profissionais de saúde a nível local e regional e consolidada na DGS, permitiram compreender melhor a dinâmica da transmissão do vírus do mpox em Portugal, em 2022, e a sua relação com as sequências genómicas identificadas internacionalmente.  

A investigação permitiu verificar que muitas das sublinhagens identificadas tiveram origem em Portugal e estão relacionadas com redes de práticas sexuais que terão permitido diversas introduções do vírus ao longo do ano. Estas introduções do vírus e consequentes sublinhagens nessas redes, nas quais participa uma população nacional e internacional, terão contribuído para a disseminação global do vírus no início da epidemia de 2022.

Estes dados permitiram construir um modelo para estimar a transmissão, indicando que grande parte da população de maior risco para esta infeção encontra-se suscetível, o que se traduz num potencial para novos surtos. 

Os resultados obtidos reforçam a necessidade de manutenção da vigilância epidemiológica, da deteção precoce a nível clínico e laboratorial, da gestão de casos e de contactos por forma a reduzir as cadeias de transmissão, através do reforço da vacinação contra a mpox, da aposta na literacia em saúde e do trabalho com a comunidade. Esta abordagem integrada de saúde pública é uma estratégia fundamental para uma resposta adequada, proporcional e atempada no controlo desta infeção.  

O artigo poderá ser consultado aqui.