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Uma seleção de 40 trabalhos de alunos de cinco agrupamentos de escolas integra a exposição subordinada ao tema “Vírus e Bactérias vistos por Crianças”, aberta ao público entre 31 de outubro a 10 de novembro no Museu Nacional de Arte Contemporânea (MNAC). Esta iniciativa "deve ser enquadrada no conjunto de ações enérgicas que temos de desenvolver para sensibilizar as gerações mais jovens para estas temáticas", referiu o Subdiretor-Geral da Saúde, André Peralta-Santos, na sessão de abertura da exposição.

Durante a sessão, recordou que "a resistência aos antimicrobianos é um problema de saúde pública que nos deve preocupar a todos, porque está em causa a segurança da nossa saúde e principalmente das gerações futuras", tendo de ser enquadrado no contexto das alterações climáticas. Este tema insere-se nos esforços da DGS e do Programa de Prevenção e Controlo de Infeções e de Resistência aos Antimicrobianos (PPCIRA) e esperemos que seja uma de muitas iniciativas nesta área".

A exposição inaugurada ontem (31 de outubro) envolveu agrupamentos de escolas embaixadoras do Programa e-Bug PT, que é uma iniciativa da Direção-Geral da Saúde (DGS), através do PPCIRA, da Direção-Geral da Educação (DGE), e do INFARMED, I.P., financiada pelos EEA Grants no âmbito do Fundo de Relações Bilaterais. É uma demonstração do empenho e dedicação que a comunidade educativa tem dedicado a este tema - tão relevante como urgente  - e será uma das iniciativas promovidas no âmbito do Dia Europeu do Antibiótico, que se assinala a 18 de novembro.

O Diretor-Geral da Educação, Pedro Cunha, referiu ter um gosto especial por "iniciativas que dão voz às crianças. Na verdade, Portugal é o segundo país no mundo a ter um currículo desenhado a partir das vontades das crianças. Iniciativas como estas mostram-se pertinentes porque respondem a um problema societal e porque  estamos a fazê-lo da forma certa, dando voz àqueles que não têm e aos que serão os verdadeiros agentes de mudança".

Carlos Lima Alves, vice-presidente do INFARMED, I.P., destacou a colaboração que deve existir em áreas como a cultura, a arte, a  educação e as ciências da saúde. "Só temos sucesso se modelarmos as crianças e os adolescentes para se capacitarem e alterar comportamentos estabelecidos, mesmo com outras idades. É o quer temos de fazer através dos nosso programas, educando crianças, mas também os estudantes e os nossos profissionais de saúde, em termos de cuidados como a higienização das mãos ou a prescrição de medicamentos."

No evento, a coordenadora do programa e-Bug PT, Dulce Pascoalinho, detalhou o muito que já foi feito em várias iniciativas que são públicas e estão no site do programa. "Os centros de formação dos agrupamentos de escolas, desde que queiram, podem solicitar informação e podem dar créditos aos professores para a sua progressão". As escolas podem solicitar informação e participar neste projeto, que aumenta a literacia dos alunos em diferentes ciclos.

Emília Ferreira , a Diretora do MNAC, instituição que se associou a esta iniciativa, destacou a importância das parcerias entre setores e referiu que a exposição de Tony Cragg, que está no museu, tem pontos em comum com  a dos vírus e bactérias, por trabalhar muito "a energia das coisas que não se veem, o movimento da matéria. "Tenho a certeza que as crianças que fizeram estes trabalhos iam gostar muito de ver as peças que ele cria, da mesma forma que ele ficaria seguramente interessado em ver a  forma como as crianças têm acesso a este nível de informação científica".