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O cidadão foi, é e será sempre o centro da nossa ação. É para ele que trabalhamos e é para ele que existimos. Afinal, somos parte dos mesmos 10 milhões de pessoas que integram o ecossistema no nosso país”. As palavras da Diretora-Geral da Saúde, Graça Freitas, foram proferidas durante o discurso da sessão de abertura da cerimónia dos 120 anos da Direção-Geral da Saúde (DGS), que decorreu no dia 21 de novembro. “A DGS, enquadrada nos seus valores está, há 120 anos, a Proteger da Saúde dos Portugueses”, sublinhou.

Na cerimónia de comemoração foram chamados 31 trabalhadores e ex-trabalhadores da DGS para receberem um louvor pelos serviços prestados em inúmeras áreas da Direção-Geral da Saúde.

Na sessão estiveram presentes o Secretário de Estado da Saúde, António Lacerda Sales, antigos Diretores-Gerais da Saúde, trabalhadores da DGS e dirigentes e trabalhadores do setor da saúde.

Durante a sessão, que decorreu no auditório do Infarmed, Graça Freitas assinalou o trabalho de antigos Diretores-Gerais da Saúde e das grandes reformas na área da saúde pública, que permitiram diminuir a taxa de mortalidade infantil, de 94 mortes por 1000 nados vivos, em 1958, para 73, em 1968, tendo, desde 1965, diminuído acentuadamente e estabilizado, nos últimos anos, em valores na ordem das 3 mortes por 1000 nados vivos. Esta descida abrupta deve-se à evolução qualitativa dos cuidados de saúde, à drástica melhoria das condições higio-sanitárias e ao desenvolvimento socioeconómico do país”, referiu.

Na área da saúde materno-infantil, destacou o Programa Nacional de Vacinação, “criado em 1965, há 54 anos, conduzido inicialmente por Maria Luísa Van Zeller, Arnaldo Sampaio, Castro Soares, Melo Caeiro e Cayolla da Motta, que marcou e marca incontestavelmente a Saúde Pública portuguesa”.

Destacando as inúmeras áreas de intervenção da DGS, nomeadamente em matéria de saúde materna e infantil, na saúde oral, na saúde mental, na alimentação saudável e atividade física, na área da infeção VIH/sida, entre outras, Graça Freitas recordou que subsistem inúmeros desafios e que a atividade da DGS depende de todos. “A atuação da DGS é transversal, com os parceiros, com a sociedade civil e com os cidadãos e insere-se num exigente contexto político e económico, de mudanças sociais e ambientais, de contínua inovação, de transições epidemiológicas e demográficas e de desafios quotidianos, sempre novos, sempre diferentes”.

A cerimónia contou com a participação de Rui Ivo, presidente do Conselho Diretivo do Infarmed, e com o ex-Diretor-Geral da Saúde, Constantino Sakellarides, que proferiu a conferência da sessão, subordinada aos 120 anos da DGS.

Na sessão de encerramento, o Secretário de Estado da Saúde, António Lacerda Sales, destacou o papel da Direção-Geral da Saúde (DGS) que levou a "grandes conquistas e progressos" que são motivo de enorme orgulho nacional.

Na cerimónia dos 120 anos da instituição, o governante considerou que Direção-Geral da Saúde é uma instituição com história, resultados e futuro.