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Integração de cuidados: prevenção da violência e rede de trauma

Integração de cuidados: prevenção da violência e rede de trauma

Com o objetivo de ser reforçada a cooperação intrasetorial no domínio de intervenção violência e trauma, o Programa Nacional de Prevenção da Violência no Ciclo de Vida da Direção-Geral da Saúde (DGS) reuniu-se a 11 de abril de 2023 com a Comissão Nacional do Trauma, representadas por Miguel Telo de Arriaga e António Marques da Silva, respetivamente.

Um dos principais objetivos desta articulação consiste na promoção de boas práticas e de maior integração de cuidados em situações de trauma em consequência de contextos de violência, numa abordagem estruturada e em rede ao longo da cadeia de prestação de cuidados.

A parceria estabelecida tem em vista a realização de um trabalho integrado no SNS entre a Rede Nacional de Núcleos de Apoio a Crianças Jovens em Risco e Equipas de Prevenção da Violência em Adultos, com a Rede Nacional de Trauma, garantindo a prestação de cuidados de saúde especializados em continuidade. Literacia, formação e sistemas de informação e registo, nomeadamente interoperabilidade futura do Registo Clínico de Violência em Adultos (RSE-AP) e Registo Nacional de Trauma foram outras áreas em discussão.

A Comissão Nacional de Trauma, criada por Despacho n.º 2534/2021, de 5 de março, tem como missão promover uma abordagem do doente, mais eficiente, através da interoperabilidade funcional e técnica, ao nível do circuito de encaminhamento e do percurso clínico a observar, das normas assistenciais a respeitar e dos processos de recolha e tratamento de dados.

De acordo com a Organização Mundial de Saúde (2021), as lesões - tanto não intencionais quanto relacionadas com violência - custam a vida de 4,4 milhões de pessoas em todo o mundo a cada ano e constituem quase 8% de todas as mortes. Garantir melhor organização multiprofissional e multidisciplinar ao longo da cadeia de socorro, tratamento e reabilitação, intercetando as fases pré-hospitalar, intra-hospitalar e inter-hospitalar, e respostas de reabilitação são estratégias fundamentais para mitigar o impacto em termos de morbilidade e mortalidade.

Mais informações disponíveis no Programa Nacional de Prevenção da Violência no Ciclo de Vida.