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“Isolar não é abandonar”, esclarece a Diretora-Geral da Saúde

“Isolar não é abandonar”, esclarece a Diretora-Geral da Saúde

A Diretora-Geral da Saúde, Graça Freitas, esclareceu esta quarta-feira que “isolar não é abandonar”, referindo-se, por exemplo, à população que entra em lares de idosos e casas de acolhimento, onde passa por um período de 14 dias de isolamento. 

“Uma pessoa isolada não é uma pessoa abandonada. Seja em instituições para crianças, seja em instituições para idosos, seja em comunidades terapêuticas, o isolamento é para proteger todos os outros que estão na instituição”, disse aos jornalistas, na conferência de imprensa de atualização dos dados da pandemia da COVID-19. 

Estas pessoas, explicou, podem ter “acesso a mecanismos de visitas desde que devidamente protegidas”. “Não é ficar sozinho e abandonado”, sublinhou. 

Destacando que o vírus tende a entrar em instituições levado por quem entra, Graça Freitas disse que Portugal segue a indicação dada pela Organização Mundial de Saúde que indica que durante 14 dias poderá haver transmissão. 

Se a doença permitir chegar à conclusão que o período de incubação é menor do que 14 dias, esse período será revisto. “Temos noção dos riscos, desconforto e até sofrimento de um lado, mas também do desconforto e sofrimento potencial do outro lado”, referiu. 

Graça Freitas afirmou que “as normas estão sempre em revisão”, com base na evolução científica e nas orientações da Organização Mundial de Saúde (OMS). “As normas não são documentos fechados”, podendo ser alteradas “quando se sabe algo diferente sobre a doença” provocada pelo novo coronavírus. “A revisão também pode passar por melhorar as condições de isolamento, criando uma atmosfera o mais protetora possível”, admitiu. 

A Ministra da Saúde, Marta Temido, frisou também que “isolamento não é abandono. O que se preconiza é um período de afastamento físico, não ausência de cuidados”.