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Maioria dos alimentos publicitados para crianças nas redes sociais não são saudáveis

Maioria dos alimentos publicitados para crianças nas redes sociais não são saudáveis

Em Portugal, 81% dos alimentos promovidos para crianças através de publicidade digital não são saudáveis. De acordo com um estudo promovido pela Direção-Geral da Saúde (DGS), através do Programa Nacional para a Promoção da Alimentação Saudável, desenvolvido com o apoio da Região Europeia da Organização Mundial da Saúde (OMS), as crianças do sexo feminino, com idades entre os 13 e os 16 anos, e de contextos socioeconómicos mais baixos, são as mais expostas.

Desenvolvido em simultâneo em Portugal, Noruega e Reino Unido, este estudo, divulgado no Dia Mundial da Criança, revela que são os refrigerantes que ocupam o topo das categorias que mais são promovidas para crianças (29,9%), seguidas das refeições pré-preparadas ou prontas a consumir (19,3%). Seguem-se os chocolates (8,6%), os bolos (6,5%) e os sumos e néctares (5,6%).

No que diz respeito ao tipo de plataforma, a rede social Instagram ocupa uma posição de destaque no canal da publicidade, representando mais de metade dos anúncios (56%). Seguem-se o YouTube e o TikTok, com 17,5% e 14,5%. Respetivamente, e, com menor representatividade, o Twitter, com 6,4%, e o Facebook, com 5,6%. Estes resultados refletirão as redes e plataformas sociais que são frequentemente mais utilizadas pelas crianças.

A propósito do conteúdo analisado, destacam-se, ainda, algumas possíveis estratégias de adaptação à legislação portuguesa que restringe a publicidade alimentar dirigida a crianças, apostando em anúncios que apenas fazem referência à marca, sem que seja identificado um produto alimentar específico, e em sistemas de verificação de idade para aceder a conteúdos.

O estudo da DGS acompanhou crianças entre as crianças entre os 3 e os 16 anos e destaca se pelo seu caráter inovador, uma vez que fez uma monitorização direta do conteúdo publicitado diretamente para crianças através dos dispositivos das crianças.

Conheça o estudo aqui.