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A mortalidade infantil é uma das melhores demonstrações da evolução qualitativa dos cuidados de saúde e das condições socioeconómicas em Portugal.

A mortalidade infantil reflete o efeito das condições socioeconómicas na saúde das mães e dos recém-nascidos, assim como a efetividade dos sistemas de saúde, particularmente na resposta a situações que colocam em risco a vida das crianças no período neonatal. É neste período que ocorrem cerca de dois terços dos óbitos de crianças com menos de um ano de idade.

Analisando os últimos 5 anos (2014-2018), mais do que associações estatísticas, podemos apontar algumas tendências, dos determinantes da mortalidade infantil, como por exemplo, o local de residência, o aumento crescente da idade da mãe e os antecedentes obstétricos. No que diz respeito ao Recém-Nascido tem relevância o peso à nascença, a idade gestacional e a gemelaridade, por exemplo.

Tendo em conta todos estes fatores a Direção-Geral da Saúde monitoriza, de forma contínua a evolução da mortalidade infantil e procede à avaliação e análise com recurso a informação disponibilizada pelo Instituto Nacional de Estatística, estando a ser calculadas as respetivas taxas.
 
Entre 1 de Janeiro e 31 de março (1.º Trimestre 2019) verificou-se a ocorrência de 75 óbitos, valores preliminares.  Da análise comparativa com o 1.º trimestre de 2018, mantém-se o mesmo padrão (77 óbitos), com as habituais variações mensais.

O Grupo de Trabalho para aprofundar o estudo da Mortalidade Infantil encontra-se a estudar estes dados para maior aprofundamento da análise. Recordamos que o Grupo é multidisciplinar e constituído pelos seguintes profissionais:

• Dr. Diogo Nuno Fonseca da Cruz, Subdiretor-Geral da Saúde, que coordena;
• Dr. Herberto Jesus, Presidente do Conselho Diretivo do Instituto de Administração da Saúde, IP - Região Autónoma da Madeira;
• Mestre Benvinda Estela Tavares Santos, Diretora de Serviços de Prevenção da Doença e Promoção da Saúde, da DGS;
• Mestre Daniel Virella Gomes, Centro Hospitalar Universitário de Lisboa Central, EPE;
• Enfermeira Dina Cláudia Simões Oliveira, Enfermeira na Divisão de Saúde Sexual, Reprodutiva, Infantil e Juvenil da DGS;
• Dr. Manuel Gonçalo Cordeiro Ferreira, Presidente da Comissão Nacional de Saúde Materna, da Criança e do Adolescente;
• Enfermeira Maria Bárbara Catanho de Menezes, Enfermeira na Divisão de Saúde Sexual, Reprodutiva, Infantil e Juvenil e Coordenadora do Programa Nacional de Saúde Infantil e Juvenil da DGS;
• Dra. Maria da Graça Osório Trindade e Lima, Diretora de Serviços de Informação e Análise, da DGS;
• Professora Doutora Maria Teresa Mateus Ventura, Chefe de Divisão de Saúde Sexual, Reprodutiva, Infantil e Juvenil, da DGS;
• Mestre Rita Manuel Sá Machado, Chefe de Divisão de Epidemiologia e Estatística, da DGS;
• Dr. Alexis Sentís Fuster, Fellow do Programa Europeu EPIET - European Programme of Intervention Epidemiology Trainning, a desenvolver a atividade na DGS.