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O Retrato da Saúde em Portugal

O Retrato da Saúde em Portugal

A Diretora-Geral da Saúde abriu a sessão comemorativa do Dia Mundial da Saúde, que decorreu no dia 7 de abril, na Fundação Calouste Gulbenkian, com o "Retrato da Saúde" em Portugal. Graça Freitas relembrou que o estado da saúde não pode ser dissociado do estado da sociedade, e, por isso, “os determinantes sociais e ambientais devem estar no topo” das preocupações das autoridades da Saúde.

Em Portugal, há mais de um milhão de pessoas com mais de 65 anos, a esperança de vida à nascença é de 81,3 anos (mais elevada do que a média da União Europeia) e entre 2000 e 2012 ganharam-se, em média, mais de quatro anos de vida. No entanto, aqui “persistem hiatos consideráveis entre grupos sócio-económicos e níveis de escolaridade”. Ou seja, são grandes as disparidades quando mais ricos ou mais pobres, mais ou menos escolarizados, são chamados a classificar se estão ou não bem de saúde. E ainda que tenha vindo a esbater-se esta diferença, os homens vivem, em média, menos seis anos do que as mulheres. Nelas a esperança de vida à nascença é a sexta melhor da Europa. Aos “65 anos as mulheres portuguesas podem viver mais 22 anos, mas um quarto desses anos sem incapacidade”, demonstrou a Diretora-Geral da Saúde. Os homens vivem menos, em média, mas com mais saúde.

Por isso, nesta intenção de fazer corresponder um aumento da esperança média de vida ao aumento da saúde e qualidade da mesma, “ainda temos muito a ganhar”, afirmou a directora-geral. “Viver mais é uma conquista, viver melhor e com menos desigualdades é um desafio”.

Na lista de desafios futuros elencados por Graça Freitas está ainda o envelhecimento da população e consequente aumento da prevalência das doenças crónicas e doentes com múltiplas patologias, o que “exige integração de cuidados” e um “SNS de mais proximidade”.