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Portugal ultrapassa meta prevista para 2025 no rastreio do cancro da mama

Portugal ultrapassa meta prevista para 2025 no rastreio do cancro da mama

O número de utentes convidados a participar nos programas de rastreio oncológico de base populacional (cancro da mama, do colo do útero, e do cólon e reto) registou um aumento expressivo em 2022, em Portugal. No rastreio do cancro da mama já foi ultrapassada a meta europeia para 2025 de 90% de cobertura, tendo sido convidadas 98% das mulheres elegíveis.

Os dados são divulgados hoje - 3 de fevereiro de 2023 -, na sessão comemorativa do Dia Mundial de Luta Contra o Cancro, que se assinala a 4 de fevereiro, e constam no relatório de avaliação e monitorização dos rastreios oncológicos organizados de base populacional, elaborado pelo Programa Nacional para as Doenças Oncológicas da Direção-Geral da Saúde.

Os dados provisórios revelam que em 2022 foram convidadas para rastreio do cancro da mama 773.360 mulheres (655.040 em 2021), das quais 390.767 realizaram uma mamografia, o que representa um acréscimo de 10% face a 2021 (+35.488 rastreios), tendo-se apurado uma taxa de adesão de 51%.

Relativamente ao rastreio do cancro do colo do útero foram convocadas 342.223 mulheres (255.593 em 2021), das quais 321.888 foram rastreadas, o que representa um aumento de 32,2% face a 2021 (+78.340 rastreios) e uma taxa de adesão de 94%.

Quanto ao rastreio do cancro do cólon e reto, foram convidadas 486.140 pessoas (376.703 em 2021), das quais 177.203 foram rastreadas com pesquisa de sangue oculto nas fezes. Neste caso particular regista-se uma quebra de 6,1%, com menos 11.519 rastreios realizados. A taxa de adesão a este rastreio é de 36,5%. A taxa de cobertura por ACeS nos três rastreios oncológicos é de 100% em todo o país.

O número de consultas na área oncológica, em 2021, teve um acréscimo de 12% face a 2019 (600.035 em 2021; 527.820 em 2019), mantendo-se a tendência de crescimento.

Ao nível da cirurgia oncológica, em 2022 registou-se um aumento de 31,5% do número de doentes operados face a 2019, com um total de 64.030 doentes operados (mais 15.354 que em 2019). Estes resultados foram obtidos num momento em que o Serviço Nacional de Saúde registou o maior número de pessoas inscritas para cirurgia - 72.258  (66.744 em 2021) - , e o maior número de operados de sempre - 64.030 em 2022. Este aumento de inscrições parece resultar da retoma da atividade após o período pandémico.

Entre os objetivos do Ministério da Saúde está o acompanhamento dos doentes com a máxima qualidade, para diminuir a mortalidade e aumentar a qualidade de vida dos doentes e dos sobreviventes.

 

Consulte os relatórios:

Avaliação e Monitorização dos Rastreios Oncológicos organizados de base populacional 2021

Recursos do SNS em Oncologia 2021