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Rastreio do cancro da mama: Portugal ultrapassa meta prevista para 2025

Rastreio do cancro da mama: Portugal ultrapassa meta prevista para 2025

Em 2023, a meta prevista pelo European Beating Cancer Plan para o rastreio do cancro da mama (90% da população convidada) foi superada, com mais de 98% da população portuguesa convidada.

Os dados, ainda provisórios, foram apresentados na sessão de comemoração do Dia Mundial de Luta Contra o Cancro, promovida pelo Programa Nacional para as Doenças Oncológicas (PNDO) da Direção-Geral da Saúde (DGS), que decorreu a 2 de fevereiro de 2024 no Auditório Manuel Machado Macedo, da NOVA Medical School, em Lisboa.

De acordo com a monitorização dos rastreios oncológicos de base populacional, os dados provisórios de 2023 revelam que no rastreio do cancro da mama (RCM) e do cólon e reto (RCCR) houve um aumento do número de utentes rastreados, com 269 028 rastreios efetuados. A adesão ao RCCR teve, em 2023, um aumento significativo, atingindo os 51%.

De acordo com o estudo exploratório do RCCR na Região Norte, este permitiu, pela primeira vez, identificar o número de cancros efetivamente diagnosticados pelo rastreio, através de uma parceria entre o PNDO, a Direção Executiva do Serviço Nacional de Saúde e o Registo Oncológico Nacional. Esta análise conclui que entre 2018 e 2021 foram diagnosticados 576 cancros em utentes com teste rastreio positivo e 112 cancros de intervalo (cancros diagnosticados num período menor ou igual à periodicidade do rastreio) nos utentes rastreados que tiveram um teste negativo.

Portugal dispõe de três rastreios oncológicos de base populacional, nomeadamente para cancro da mama, cancro do colo do útero (RCCU) e cancro do cólon e reto.  

Em 2022, o RCM estava implementado em todas as regiões de saúde, com uma cobertura geográfica, no território continental, de 100% das Unidades Funcionais, e de 100% das unidades de saúde das Regiões Autónomas dos Açores e da Madeira. A taxa de adesão ao rastreio foi de 51%, com um total de 423 260 de mulheres rastreadas. Das mulheres rastreadas, 1,6% (6 940) tiveram um resultado positivo e 2 997 foram referenciadas para cuidados hospitalares.

No RCCU a taxa de adesão foi de 94%, com um total de 330 859 mulheres rastreadas, e destas, 16 559 referenciadas para cuidados hospitalares.

A taxa de adesão ao RCCR foi de 41%, com um total de 206 754 utentes rastreados. Dos utentes rastreados, 501 foram referenciados para cuidados hospitalares.

Conheça aqui o Relatório Avaliação e Monitorização dos Rastreios Oncológicos de Base Populacional referente ao ano 2022.