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Relatório de Monitorização da Situação Epidemiológica da COVID-19 nº 15

Relatório de Monitorização da Situação Epidemiológica da COVID-19 nº 15

A Direção-Geral da Saúde (DGS) e o Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge (INSA) divulgam o relatório n.º 15 de monitorização da situação epidemiológica da COVID-19. O documento inclui diversos indicadores, nomeadamente a incidência a sete dias e o índice de transmissibilidade (R(t)), nacionais e por região de saúde, entre outros. 

A epidemia de COVID-19 mantém uma incidência muito elevada, embora com tendência decrescente. O impacto nos internamentos apresenta uma inversão da tendência crescente observada anteriormente. A mortalidade específica por COVID-19 apresenta uma possível inversão da tendência, para decrescente, ainda com impacto elevado na mortalidade geral. É expectável a manutenção da diminuição da procura de cuidados de saúde. Deve ser mantida a vigilância da situação epidemiológica da COVID-19, recomendando-se fortemente o reforço das medidas de proteção individual, a vacinação de reforço e a comunicação frequente destas medidas à população. 

Do presente documento, destacam-se ainda os seguintes pontos:

  • O número de novos casos de infeção por SARS-CoV-2 / COVID-19, por 100 000 habitantes, acumulado nos últimos 7 dias, foi de 932 casos, com tendência decrescente a nível nacional. A região do Algarve e a Região Autónoma dos Açores apresentam uma tendência estável, enquanto as restantes regiões de saúde apresentam uma tendência decrescente;
  • O R(t) apresenta um valor inferior a 1 a nível nacional e em todas das regiões do continente, o que indica uma tendência decrescente;
  • O número de pessoas com COVID-19 internadas em Unidades de Cuidados Intensivos (UCI) no continente revelou uma tendência decrescente, correspondendo a 33,3% (no período anterior em análise foi de 38,4%) do valor crítico definido de 255 camas ocupadas;
  • A razão entre o número de pessoas internadas e infetadas foi de 0,12, com tendência crescente, indicando uma menor gravidade da infeção, à semelhança do observado desde o início de 2022;
  • A linhagem BA.5 da variante Omicron continua a ser claramente dominante em Portugal, apresentando uma frequência relativa estimada de 88% na semana 23 (06/06/2022 a 12/06/2022). Esta linhagem tem revelado uma maior capacidade de transmissão, a qual é potencialmente mediada por mutações adicionais com impacto na entrada do vírus nas células humanas e/ou pela sua capacidade de evasão à resposta imunitária;
  • A mortalidade específica por COVID-19 (48,6 óbitos em 14 dias por 1 000 000 habitantes) apresenta uma possível inversão da tendência para decrescente. A mortalidade por todas as causas encontra-se acima do esperado para a época do ano, indicando um excesso elevado de mortalidade por todas as causas, em parte associado à mortalidade específica por COVID-19.