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Relatório de Monitorização da Situação Epidemiológica da COVID-19 nº 8

Relatório de Monitorização da Situação Epidemiológica da COVID-19 nº 8

A Direção-Geral da Saúde (DGS) e o Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge (INSA) divulgam o relatório n.º 8 de monitorização da situação epidemiológica da COVID-19. O documento inclui diversos indicadores, nomeadamente a incidência a sete dias e o índice de transmissibilidade (R(t)), nacionais e por região de saúde, entre outros. 

Da análise dos diferentes indicadores, a epidemia de COVID-19 mantém uma incidência muito elevada, com transmissibilidade crescente dado o aumento observado no valor do R(t) nos últimos dias. O impacto nos internamentos e na mortalidade geral é reduzido, não obstante a mortalidade específica de COVID-19 se encontrar acima do valor de referência definido pelo Centro Europeu de Prevenção e Controlo das Doenças (ECDC), mas com tendência decrescente. 

O aumento da incidência, acompanhado de sinais de aumento de circulação de variantes com potencial impacto na entrada do vírus nas células humanas e/ou na sua capacidade de evadir a resposta imunitária, poderá levar ao aumento da procura de cuidados de saúde e da mortalidade, em especial nos grupos mais vulneráveis. Deve ser mantida a vigilância da situação epidemiológica da COVID-19 e recomenda-se a manutenção das medidas de proteção individual nos grupos de maior risco e a vacinação de reforço. 

Do presente documento, destacam-se ainda os seguintes pontos:

  • O número de novos casos de infeção por SARS-CoV-2 / COVID-19, por 100 000 habitantes, acumulado nos últimos 7 dias, foi de 740 casos, com tendência estável a nível nacional. As Regiões do Norte e Região Autónoma (RA) dos Açores apresentaram uma tendência crescente, e a RA Madeira apresentou uma tendência decrescente. As restantes regiões de saúde apresentaram uma tendência estável;
  • O R(t) apresenta um valor igual ou superior a 1 a nível nacional (1,03) e nas regiões Norte, Centro e RA Açores (1,09; 1,06 e 1,04, respetivamente), o que indica uma tendência crescente nestas regiões;
  • O número de pessoas com COVID-19 internadas em Unidades de Cuidados Intensivos (UCI) no Continente revelou uma tendência crescente, correspondendo a 23,5% (no período em análise anterior foi de 19,2%) do valor crítico definido de 255 camas ocupadas;
  • A razão entre o número de pessoas internadas e infetadas foi de 0,18 com tendência estável. Este valor é inferior aos observados em ondas anteriores, indicando uma menor gravidade da infeção do que a observada anteriormente;
  • A linhagem BA.2 da variante Omicron apresenta uma frequência relativa estimada de 73,8% ao dia 2 de maio de 2022, com tendência decrescente. Em contraciclo, os indicadores disponíveis sugerem um aumento relevante de circulação da linhagem BA.5 da variante Omicron e potencialmente de uma nova sublinhagem da BA.2 (agora designada como BA.2.35). Ambas apresentam mutações adicionais com impacto na entrada do vírus nas células humanas e/ou na sua capacidade de evadir a resposta imunitária;
  • A mortalidade específica por COVID-19 (24,1 óbitos em 14 dias por 1 000 000 habitantes) apresenta uma tendência decrescente. A mortalidade por todas as causas encontra-se dentro dos valores esperados para a época do ano, o que indica reduzido impacto da pandemia na mortalidade.