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Relatório de Monitorização da Situação Epidemiológica da COVID-19 nº 9

Relatório de Monitorização da Situação Epidemiológica da COVID-19 nº 9

A Direção-Geral da Saúde (DGS) e o Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge (INSA) divulgam o relatório n.º 9 de monitorização da situação epidemiológica da COVID-19. O documento inclui diversos indicadores, nomeadamente a incidência a sete dias e o índice de transmissibilidade (R(t)), nacionais e por região de saúde, entre outros. 

Da análise dos diferentes indicadores, a epidemia de COVID-19 mantém uma incidência muito elevada, com tendência crescente. Para este aumento da incidência poderão ter contribuído fatores que incluem a redução da adesão a medidas não farmacológicas, o período de festividades e o considerável aumento de circulação de variantes com maior potencial de transmissão. 

O impacto nos internamentos e na mortalidade geral é reduzido, embora o aumento da incidência possa vir a condicionar um aumento da procura de cuidados de saúde e da mortalidade, em especial nos grupos mais vulneráveis. Deve ser mantida a vigilância da situação epidemiológica da COVID-19 e recomenda-se o reforço das medidas de proteção individual nos grupos de maior risco e a vacinação de reforço.

Do presente documento, destacam-se ainda os seguintes pontos:

  • O número de novos casos de infeção por SARS-CoV-2 / COVID-19, por 100 000 habitantes, acumulado nos últimos 7 dias, foi de 970 casos, com tendência crescente a nível nacional e das regiões exceto a RA Madeira, que apresentou uma tendência decrescente;
  • O R(t) apresenta um valor igual ou superior a 1 a nível nacional (1,13) e em todas as regiões à exceção da região Autónoma da Madeira, o que indica uma tendência crescente nestas regiões;
  • O número de pessoas com COVID-19 internadas em Unidades de Cuidados Intensivos (UCI) no Continente revelou uma tendência estável, correspondendo a 23,1% (no período em análise anterior foi de 23,5%) do valor crítico definido de 255 camas ocupadas;
  • A razão entre o número de pessoas internadas e infetadas foi de 0,17 com tendência estável. Este valor é inferior aos observados em ondas anteriores, indicando uma menor gravidade da infeção do que a observada anteriormente;
  • A linhagem BA.2 da variante Omicron apresenta uma frequência relativa estimada de 62,9% ao dia 8 de maio 2022, com tendência decrescente. Em contraciclo, continua a registar-se um aumento considerável de circulação da linhagem BA.5 da variante Omicron, a qual apresenta mutações adicionais com impacto na entrada do vírus nas células humanas e/ou na sua capacidade de evadir a resposta imunitária. A linhagem BA.5 da variante Omicron apresenta uma frequência relativa estimada de 37,1% ao dia 8 de maio 2022;
  • A mortalidade específica por COVID-19 (26,1 óbitos em 14 dias por 1 000 000 habitantes), apresenta uma tendência estável. A mortalidade por todas as causas encontra-se dentro dos valores esperados para a época do ano, o que indica reduzido impacto da pandemia na mortalidade;
  • As pessoas com um esquema vacinal completo tiveram um risco de internamento até cerca de duas vezes menor do que as pessoas sem um esquema vacinal completo, acima dos 70 anos, entre o total de pessoas infetadas em março de 2022. Em abril de 2022, na população com 80 e mais anos, a dose de reforço reduziu o risco de morte por COVID-19 em mais de três vezes em relação a quem tem o esquema vacinal primário completo.