Histórico de Destaques
Relatório n.º 2 da Resposta Sazonal em Saúde – Vigilância e Monitorização
A Direção-Geral da Saúde (DGS) publica hoje o
Relatório n.º 2 da Resposta Sazonal em Saúde - Vigilância e Monitorização.
Os pontos do resumo desta semana são:
• Na semana em análise (semana 50 de 2022),
observou-se uma ligeira subida da temperatura do ar, acima do esperado para
esta época do ano.
• A cobertura vacinal contra a COVID-19 e contra
a Gripe é elevada. A cobertura vacinal contra a gripe (73%) encontra-se próxima
da recomendada pelo ECDC e OMS (75%) para os grupos etários com 65 ou mais
anos.
• Observou-se uma atividade epidémica da gripe,
com tendência crescente. Desde o início da época, verificou-se um predomínio do
subtipo A(H3) (92,1%), associado a maior gravidade nas populações mais
vulneráveis. Foi também identificado o subtipo A(H1)pdm09 (7,5%).
• Ao nível da região europeia, a atividade gripal
aumentou para 23% de positividade. Ambos os vírus influenza tipo A e tipo B
foram detetados, sendo o subtipo A(H3) dominante nos sistemas de vigilância
sentinela e o vírus A(H1)pdm09 nos sistemas de vigilância não sentinela.
• A notificação de casos de infeção por
SARS-CoV-2 apresentou uma tendência decrescente. A análise epidemiológica dos
indicadores de COVID-19 deve ter em conta as alterações na notificação
laboratorial no início de outubro 2022 (quebra de série). A variante de
SARS-CoV-2 Omicron BA.5 manteve-se dominante, com aumento da prevalência da
sub-linhagem BQ.1.
• Observou-se um aumento de 24,7% de consultas
nos Cuidados de Saúde Primários do Serviço Nacional de Saúde face à semana 49
de 2022 (05 a 11 e dezembro de 2022) e uma ligeira diminuição da proporção de
consultas por síndrome gripal (-0.16 pontos percentuais). Estes valores devem
ser interpretados considerando a ocorrência de feriado na semana anterior.
• A procura do SNS24 (atendimentos) estabilizou e
a procura do INEM (chamadas) aumentou face à semana 49 de 2022.
• Verificou-se uma ligeira diminuição da
proporção de episódios de urgência hospitalar por síndrome gripal. Este valor
poderá ser revisto face a possíveis constrangimentos no reporte de alguns
hospitais da região de LVT. Os episódios registados corresponderam sobretudo a
adultos jovens (19-59 anos). Observou-se ainda um aumento da procura nos grupos
etários acima dos 65 anos. A proporção de episódios de urgência por síndrome
gripal com destino o internamento apresentou uma tendência crescente (11,3% dos
episódios com síndrome gripal com destino o internamento).
• Nas UCI, observou-se uma diminuição na ocupação
de camas dedicadas a COVID-19 e um aumento da proporção de casos reportados com
gripe. Verificou-se uma tendência estável do número de internamentos observada
em enfermaria por Vírus Sincicial Respiratório (VSR) em menores de 2 anos de
idade.
• A mortalidade geral esteve acima do esperado,
nas regiões Norte, Centro e Lisboa e Vale do Tejo, e no grupo etário com 75 ou
mais anos, coincidindo com o aumento da atividade gripal observado nas últimas
semanas. A mortalidade específica por COVID-19 apresentou uma tendência
estável, abaixo do limiar recomendado pelo ECDC.
• A análise semanal sustenta a manutenção da
vacinação sazonal contra a gripe e contra a COVID-19 e o reforço da necessidade
de utilização do SNS24 como primeiro ponto de contacto com o sistema de saúde.
• O aumento da atividade gripal nos grupos
etários mais velhos sustenta o reforço da comunicação da necessidade de adoção
de medidas de proteção individual pela população e grupos específicos, durante
as festividades (Natal). Estas medidas incluem a etiqueta respiratória, a
lavagem e/ou desinfeção frequente das mãos, a limpeza e desinfeção de
equipamentos e de superfícies, o arejamento e ventilação de espaços, a proteção
em contextos de risco de exposição a vírus respiratórios (como espaços com
aglomerados de pessoas, sobretudo sem ventilação adequada) através do distanciamento e a utilização de máscaras. Mais
informação pode ser consultada aqui.
• Recomenda-se a manutenção dos planos de
contingência ativados e das medidas previstas nos mesmos, de forma a responder
ao aumento da procura dos serviços de saúde (incluindo as escalas de recursos
humanos, alargamento de horários e ajuste da atividade programada).