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Relatório n.º 8 da Resposta Sazonal em Saúde – Vigilância e Monitorização

Relatório n.º 8 da Resposta Sazonal em Saúde – Vigilância e Monitorização

RESUMO

A Direção-Geral da Saúde (DGS) publica hoje o Relatório n.º 8 da Resposta Sazonal em Saúde - Vigilância e Monitorização (23/01/2023 a 29/01/2023).

Os pontos do resumo desta semana são:        

  • Na semana em análise (semana 04 de 2023), observou-se uma redução das temperaturas do ar, abaixo do esperado para esta época do ano.
  • As coberturas vacinais contra a COVID-19 e contra a Gripe são elevadas. A cobertura vacinal contra a gripe (74%) encontra-se próxima da recomendada pelo ECDC e pela OMS (75%) para as pessoas com 65 ou mais anos.
  • Foi reportada uma tendência decrescente da atividade gripal epidémica. Desde o início da época, verificou-se um predomínio do subtipo A(H3) (88,3%). Foi reportado um aumento do subtipo A(H1)pdm09 (9,9%).
  • Na região europeia, na semana 03 de 2023, a atividade gripal manteve-se estável (22% de positividade). Ambos os vírus influenza, tipo A e tipo B, foram detetados, com o vírus A(H1)pdm09 a dominar nos sistemas de vigilância sentinela e não sentinela.
  • A notificação de casos de infeção por SARS-CoV-2 apresentou uma tendência decrescente. A variante Ómicron BA.5 manteve-se dominante, com diminuição da prevalência da sub-linhagem BQ.1.
  • A nível mundial, relativamente aos últimos 28 dias (02 a 29/01/2023), o número de novos casos de COVID-19 diminuiu (-78%) e o número de óbitos aumentou (+65%). As últimas semanas foram dominadas por uma grande onda de casos e óbitos na Região do Pacífico Ocidental, sobretudo na China. A linhagem BA.5 mantém-se dominante.
  • Face à semana 04/2023, observou-se uma diminuição do número de consultas médicas nos Cuidados de Saúde Primários do Serviço Nacional de Saúde e um aumento da proporção de consultas por síndrome gripal.
  • A procura geral do SNS24 diminuiu e a do INEM aumentou, face à semana anterior (03/2023).
  • Verificou-se uma redução das proporções de episódios de urgência hospitalar por síndrome gripal e por infeção respiratória. Os episódios reportados por síndrome gripal corresponderam sobretudo a adultos. A proporção de episódios de urgência por síndrome gripal com destino o internamento também diminuiu.
  • Em Unidades de Cuidados Intensivos (UCI), a ocupação de camas dedicadas a COVID-19 aumentou e a proporção de casos com gripe manteve-se estável.
  • Verificou-se uma tendência decrescente do número de internamentos em enfermaria por Vírus Sincicial Respiratório em crianças com menos de 2 anos de idade.
  • A mortalidade geral esteve dentro do esperado para a altura do ano, embora apresente uma tendência crescente. A mortalidade específica por COVID-19 apresentou uma tendência decrescente, abaixo do limiar do ECDC.
  • Atendendo à redução da temperatura do ar, no âmbito das medidas previstas nos planos de contingência ativados, foi reforçada junto das Autoridades de Saúde e serviços de saúde, a importância de acautelar a possível necessidade de disponibilizar à população Abrigos Temporários climatizados, sobretudo aos mais vulneráveis, como pessoas sem abrigo, e de divulgar as recomendações e informação sobre os abrigos e a sua localização. Foi reforçada ainda a importância de divulgar produtos de comunicação e informação no âmbito da proteção contra o frio através dos meios de comunicação social regionais e/ou locais.
  • Recomenda-se à população que adote medidas de proteção individual contra o frio: evitar a exposição prolongada ao frio e mudanças bruscas de temperatura; manter o corpo quente, utilizando várias camadas de roupa; proteger as extremidades do corpo (mãos e pés); manter-se hidratado; prestar atenção aos grupos mais vulneráveis (crianças nos primeiros anos de vida, doentes crónicos, pessoas idosas ou mais isoladas, trabalhadores com atividade no exterior e pessoas sem abrigo); acautelar a prática de atividades no exterior; seguir as recomendações do médico assistente, garantindo a toma adequada da medicação para doenças crónicas; adotar uma condução defensiva; verificar o estado de funcionamento dos equipamentos de aquecimento; manter a casa quente, e se utilizar braseiras ou lareiras, garantir uma adequada ventilação das habitações (renovação do ar); ter especial atenção aos aquecimentos com combustão (braseiras e lareiras), que podem causar intoxicação por monóxido de carbono e levar à morte; e desligar os dispositivos de aquecimento ao deitar. As recomendações podem ser consultadas aqui.
  • A análise semanal sustenta a manutenção da vacinação sazonal contra a COVID-19.
  • Reforça-se a necessidade de utilização do SNS24 como primeiro ponto de contacto com o sistema de saúde.
  • A atividade dos vírus respiratórios sustenta a comunicação da adoção de medidas de proteção individual pela população, sobretudo com grupos vulneráveis. Mais informação disponível aqui.
  • Recomenda-se manter os planos de contingência ativados e medidas previstas.