Direção-Geral da Saúde


O Despacho n.º 6401/2016, do Secretário de Estado Adjunto e da Saúde, de 11 de maio, publicado no Diário da República, 2.ª série, n.º 94, de 16 de maio, alterado pelo Despacho n.º 1225/2018 do Secretário de Estado Adjunto e da Saúde, de 30 de janeiro, publicado no Diário da República, 2.ª série, n.º 25, de 5 de fevereiro, determinou o desenvolvimento, pela Direção-Geral da Saúde e no âmbito do Plano Nacional de Saúde, de programas prioritários em 11 áreas.


REFERENCIAL PARA O DIAGNÓSTICO DE TUBERCULOSE EM CRIANÇAS

O diagnóstico de tuberculose ativa na criança é um desafio. A suspeita surge pela observação clínica de sintomatologia, como tosse e/ou febre persistente, em que a tuberculose é um dos diagnósticos diferenciais ou após a identificação da criança como exposta a um caso infecioso. As manifestações clínicas são frequentemente inespecíficas com consequente atraso no diagnóstico. A tosse, o sintoma mais frequente, pode apresentar-se de várias formas, nomeadamente como uma tosse persistente, recorrente ou mesmo com quadro de tosse que resolveu progressivamente, ainda antes do diagnóstico e início do tratamento.

A forma pulmonar é a forma de apresentação mais frequente na idade pediátrica. Na prática clínica, a abordagem diagnóstica deverá ser sistematizada de acordo com 3 etapas fundamentais: anamnese e exame físico detalhados; estudo imagiológico; investigação para identificação/isolamento do agente. O facto da criança com tuberculose ter frequentemente pouca carga bacilífera explica o baixo risco de contagiosidade, bem como o baixo risco de desenvolvimento de resistência.

O Programa Nacional para a Tuberculose publica o Referencial para o Diagnostico de Tuberculose em crianças, dirigido para os profissionais de saúde no âmbito da Pediatria, Medicina Geral e Familiar, Saúde Pública, Infeciologia e Pneumologia, que trabalham com crianças e especialmente, com crianças com suspeita de tuberculose. Este documento reune contributos das varias Sociedades Cientificas e estruturas de saúde relevantes da resposta à Tuberculose, reforçando o seu papel como guia de orientação na prática clínica.