Destaques
STOP Infeção Hospitalar 2.0
A iniciativa STOP
Infeção Hospitalar vai expandir-se a mais doze instituições hospitalares,
passando a abranger um total de 22, e vai consolidar-se nas dez que
participaram entre 2015 e 2018. O STOP-Infeção Hospitalar 2.0 é um
projeto do Programa de Prevenção e Controlo de Infeções e de Resistências a
Antimicrobianos, da Direção-Geral da Saúde (PPCIRA/DGS), em parceria com a
Fundação Calouste Gulbenkian (FCG) e o apoio técnico-científico do Institute
for HealthCare Improvement (IHI) e tem como objetivo reduzir a incidência de
cinco tipos de infeção hospitalar em 50%, no prazo de 3 anos.
O alargamento deste
projeto foi consumado no dia 17 de outubro de 2022, numa cerimónia pública de
assinatura da carta de compromisso pelos 22 hospitais aderentes. Nesse
dia, foram ainda apresentados os resultados obtidos pelas 12 instituições que
já constavam desta iniciativa, bem como os desafios e objetivos futuros nesta
área. A Cerimónia da Assinatura de Compromisso de Honra encontra-se disponível
no Youtube
da DGS.
Sendo Portugal em
2011/2012 um dos países europeus com mais elevada incidência de infeção
hospitalar, a tendência tem sido de progressiva redução, tendo o projeto STOP
desenvolvido em 2015-2018 sido um acelerador dessa redução. Pretende-se agora,
com o novo projeto, maximizar e expandir estes resultados positivos.
A DGS e o Ministério da Saúde reconhecem a relevância deste projeto, que promove os propósitos plasmados no Plano Nacional de Segurança do Doente 2021-2026 e no Despacho n.º 10901/2022, de 8 de setembro, que considera a “Participação da instituição no “STOP-Infeção Hospitalar 2.0” um indicador do Índice de Qualidade do PPCIRA e parte integrante do processo de contratualização das instituições prestadoras de saúde do SNS.
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Sessão "Antimicrobial Resistance: an agenda to a safer future"
No âmbito da Semana Mundial dos Antibióticos (entre 18 e 24 de novembro), o INFARMED, a Direção-Geral da Saúde, através do Programa de Prevenção e Controlo de Infeções e de Resistência aos Antimicrobianos, e o Instituto Nacional de Saúde Dr. Ricardo Jorge organizam a sessão "Antimicrobial Resistance: an agenda to a safer future", no dia 24 de novembro de 2021, segundo o programa em anexo.
Da parte da manhã pretende-se conhecer o planeamento de medidas de instituições internacionais nesta área. Da parte da tarde pretende-se reconhecer e premiar a melhoria, e aprender com experiências de sucesso dos hospitais e dos cuidados de saúde primários.
Pode assistir a esta sessão em direto no canal oficial do Infarmed no YouTube.
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DIA MUNDIAL DA HIGIENE DAS MÃOS – 2021
“Ano dos Profissionais de Saúde”
A evidência científica demonstra de forma irrefutável que a higiene adequada das mãos é a ação mais eficaz para impedir a propagação da infeção. Evita até 50% das infeções evitáveis adquiridas durante a prestação de cuidados de saúde IACS), incluindo as que afetam a força de trabalho da saúde. Mas também previne as infeções transmissíveis na comunidade, como a gripe, outras infeções respiratórias, diarreias infeciosas, entre outras.
A estratégia de melhoria multimodal da higiene das mãos da OMS à qual Portugal aderiu desde 2008, provou ser altamente eficaz, levando a uma redução nas infeções associadas aos cuidados de saúde (IACS). Sabe-se que, AO reduzir as infeções, reduz-se também a prescrição e o consumo de antimicrobianos e a consequente emergência de resistências a estes fármacos, que se constitui atualmente, um grave problema de saúde pública a nível mundial.
Investir na higiene das mãos produz grandes retornos e ganhos em saúde. A implementação de políticas de higiene das mãos pode gerar uma poupança económica em média 16 vezes superior ao custo da sua implementação.
A conformidade com a higiene das mãos é recomendada como um dos principais indicadores de desempenho para programas de prevenção e controle de infeção, segurança do doente e qualidade dos serviços de saúde em todo o mundo.
As principais mensagens da OMS para o ano 2021, são:
- HIGIENE DAS MÃOS: SEGUNDOS QUE SALVAM VIDAS – porque é uma das ações mais simples e eficaz na redução das infeções, quer as associadas aos cuidados de saúde (IACS), quer as infeções na comunidade; é um gesto rápido que salva vidas reduzindo a morbimortalidade associada às infeções.
- QUEM SALVA VIDAS: Todos: profissionais de saúde; gestores das Unidades de Saúde e Instituições, que providenciam os meios e recursos para o cumprimento desta prática; utentes e seus acompanhantes e visitantes (é necessário informar estes intervenientes a nível local), fornecedores, voluntários, técnicos de manutenção, profissionais da limpeza e área alimentar, rouparia, enfim, todos os que contribuem para um fim comum: prestar cuidados de saúde seguros. Trata-se, realmente, de uma Responsabilidade partilhada.
- Higiene das Mãos no Ponto de Prestação de Cuidados: esta mensagem coloca o foco na higiene das mãos no local correto, o mais próximo dos doentes; é termos disponíveis e utilizar corretamente equipamentos e produtos de higiene das mãos. Para tal, é preciso que os gestores em estabelecimentos: de saúde, escolares, comerciais, empresas/fábricas, devem disponibilizar os produtos adequados, em locais estratégicos e acessíveis a todos e dar atenção à reposição destes produtos, incluindo o fornecimento de toalhetes de papel para secagem das mãos.
Em 2020, OMS, em iniciativa conjunta com a UNICEF, apresentou o Desafio “WHO /UNICEF Initiative: Hand Hygiene for all” – “Iniciativa: Higiene das Mãos para todos,” onde salientam que o primeiro pré-requisito para o cumprimento da Higiene das Mãos é a mudança de sistema, com a criação de uma cultura de segurança que implica responsabilidade partilhada e compromisso individual dos vários intervenientes.
Melhorar a segurança do doente requer ação dedicada e inovação, ambas, agora mais cruciais do que nunca.
Juntos Somos mais Capazes.
Mensagens da OMS em 2021 para os vários públicos:
- Mensagem Principal: “Higiene das mãos: segundos que salvam vidas. Lave as suas mãos”.
- “Profissionais de Saúde: agora mais do que nunca, higienize as suas mãos no Ponto de Prestação de Cuidados”
- “Gestores das Unidades de Saúde: assegure os equipamentos e produtos de higiene das mãos, em todos os pontos de prestação de cuidados de saúde”
- “Legisladores ou que elaboram normas (Policy makers): invista agora para assegurar as condições, equipamentos e produtos de higiene das mãos para todos”.
- “Profissionais de prevenção e controlo de infeção: seja um modelo e mentor para a higiene das mãos no Ponto de Prestação de Cuidados
- “Doentes e Famílias: ajudem-nos a ajudar-vos. Por favor, lavem as vossas mãos”.