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Sarampo em Portugal 2018 - Nota de Imprensa

Sarampo em Portugal 2018 - Nota de Imprensa

Tendo em conta o elevado número de casos e surtos de sarampo em alguns países da Europa, o aumento da circulação das pessoas e a existência de baixas coberturas vacinais contra o sarampo em vários países da região europeia, verifica-se um elevado risco de importação de casos para Portugal.

Nos últimos dois anos, Portugal, com estatuto de eliminação do sarampo, conferido pela Organização Mundial da Saúde, desde 2015, tem registado alguns surtos, com origem em casos importados que foram rapidamente controlados. Estes surtos incluem uma elevada proporção de casos confirmados laboratorialmente em indivíduos vacinados. Esta situação é expectável em países com elevada cobertura vacinal e com um sistema de vigilância epidemiológica e laboratorial eficaz, situação que se verifica em Portugal.

Em pessoas vacinadas a doença apresenta um quadro clínico mais ligeiro e com muito baixa probabilidade de contágio (conhecida como sarampo modificado). A forma clássica de sarampo surge em indivíduos não vacinados, caracteriza-se por um quadro clínico que pode ser grave, podendo ter complicações e levar à morte. A contagiosidade destes casos é muito elevada. 

Em 2018, 93% dos casos estiveram associados a surtos, cuja origem da infeção teve início em casos importados de outros países, nomeadamente Itália, França, Uganda/EUA, República Checa e Ucrânia. Neste período, foram ainda confirmados casos isolados, sem ligação epidemiológica conhecida aos referidos surtos e que estão a ser investigados.

Um elevado número de casos ocorreu em profissionais de saúde que apesar de vacinados têm um elevado nível de exposição, isto é, prestação de cuidados durante longos períodos de tempo a casos de sarampo.

Relativamente às coberturas vacinais, estas têm registado um aumento ao longo do tempo, permitindo a Portugal manter a imunidade de grupo, apesar de ainda existirem algumas bolsas de suscetíveis.

De realçar que a cobertura vacinal para a primeira dose da vacina contra o sarampo, avaliada aos 2 anos de idade, foi de 98% e a cobertura vacinal para a 2ª dose desta vacina, nos menores de 18 anos de idade, variou entre 96% e 98%.

Verificou-se também um aumento significativo do número de adultos vacinados contra o sarampo. Assim, estima-se que foram administradas, em campanha, mais de 42.000 doses de vacina contra o sarampo. A maior parte (80%) administradas a adultos.

Uma vez que no continente europeu continuam a existir, por um lado surtos de sarampo e, por outro lado, a transmissão do vírus em alguns países, a Direção-Geral da Saúde tem alertado para a manutenção de um elevado grau de suspeição clínica, para a deteção precoce dos casos, tendo em conta a possibilidade de importação de novos casos. 

Salienta-se que cada novo caso determina a ativação imediata de medidas definidas no Programa Nacional de Eliminação do Sarampo, que implica uma atuação das Unidades de saúde (públicas e privadas), da Rede de Saúde Pública que inclui as Autoridades de Saúde (no nível local e regional), da Direção-Geral da Saúde (Autoridade de Saúde Nacional) e do Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge.

Recorda-se que o sarampo é uma das doenças infeciosas mais contagiosas podendo provocar doença grave, em pessoas não vacinadas.

A Direção-Geral da Saúde deixa o apelo para a importância da vacinação, de acordo com o Programa Nacional de Vacinação, constituindo a melhor forma de prevenir o sarampo.

Para mais informações sobre sarampo consulte o site da Direção-Geral da Saúde.

Assessoria de Comunicação e Relações Públicas
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