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Dia Mundial da Saúde - Cobertura Universal de Saúde - 5 de abril de 2019 - Estufa Fria, Lisboa

Dia Mundial da Saúde - Cobertura Universal de Saúde - 5 de abril de 2019

A Diretora-Geral da Saúde começou por esclarecer a relevância deste dia para o qual a “Organização Mundial da Saúde, desafia todas as instituições e líderes mundiais a estabelecer a cobertura universal de saúde como uma prioridade”. “A Cobertura Universal de Saúde significa que todas as pessoas têm acesso a cuidados de saúde de diferentes níveis: promoção da saúde, prevenção, tratamento, reabilitação ou cuidados paliativos, sem risco financeiro para o cidadão, de acordo com as suas necessidades e espectativas. Nas últimas décadas devido à melhoria dos determinantes da saúde, das condições sanitárias, do acesso universal a cuidados de saúde, da capacitação crescente dos cidadãos e ao desenvolvimento científico e tecnológico, atingiram-se, globalmente, importantes ganhos em saúde significativos. Estes ganhos, refletem a redução da morbilidade, da mortalidade materna e infantil e da mortalidade prematura, e o aumento do bem-estar e da esperança de vida. O combate às desigualdades exige sistemas de saúde resilientes, solidários e sustentáveis, capazes de prestar cuidados de qualidade centrados na pessoa. Nos últimos 15 anos, a esperança de vida à nascença aumentou cerca de quatro anos em ambos os sexos, e a mortalidade prematura reduziu-se em mais de 10%. No entanto, tendo como referencia a esperança de vida à nascença, verificam-se assimetrias no território nacional, refletindo provavelmente o somatório das diferenças nos determinantes em saúde, sejam socioeconómicos, culturais, ambientais, condições de vida e de trabalho, estilos de vida ou mesmo o impacte dos serviços de saúde.  As desigualdades e a sua superação apontam e desafiam o percurso e o futuro do Serviço Nacional de Saúde, Sistema de Saúde e da Sociedade.”

Durante a Sessão o Professor Henrique Barros falou sobre como superar as desigualdades nos acessos ao sistema de saúde. O painel na mesa redonda, moderada por Maria Elisa Domingues, abordou temáticas transversais à cobertura universal como as USF com Martino Gliozzi e a sua experiência na USF da Baixa, Vasco Malta do Alto Comissariado para as Migrações, Ema Paulino e a importância da Farmácias Comunitárias, Manuela Santos e o ponto de referência que é o SNS 24, o Prof. Paulo Melo e a importância do acesso à Saúde Oral e Filipa Maia com a importância dos movimentos da Sociedade Civil.

O Prémio Nacional de Saúde 2018 foi atribuído a José Castro Lopes, médico neurologista e presidente da Sociedade Portuguesa do Acidente Vascular Cerebral (AVC) desde a sua fundação. O prémio foi atribuído pela “excelência do percurso profissional e clínico” e pelo contributo para obtenção de ganhos em saúde na área da doença vascular cerebral, como redução de mortalidade e morbilidade, sobretudo na área do AVC.

Já o Prémio de Saúde Pública Francisco George foi atribuído ao psicólogo Miguel Telo de Arriaga, chefe da Divisão de Literacia, Saúde e Bem-Estar.

As menções honrosas e medalhas foram entregues a diversas personalidades e Instituições pela relevância dos seus serviços prestados à saúde.

A Sr.ª Ministra da Saúde encerrou o evento, salientando, que muitos portugueses ainda desconhecem os direitos que têm no acesso a cuidados médicos, sendo essa a principal mensagem que deixou no Dia Mundial da Saúde.  A ministra evidenciou o que a Organização Mundial de Saúde também destaca, a cobertura universal de Saúde e o que é essa cobertura. “Uma pergunta para a qual muitos portugueses ainda não têm resposta”, que “ainda não sabem que têm direito a terem acesso aos cuidados de saúde de que precisam, de qualidade, atempados e com proteção financeira face aos custos da doença”.