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DGS assinala Dia Mundial da Consciencialização da Violência contra a Pessoa Idosa

DGS assinala Dia Mundial da Consciencialização da Violência contra a Pessoa Idosa

A Direção-Geral da Saúde, através do Programa Nacional de Prevenção da Violência no Ciclo de Vida, assinala o Dia Mundial da Consciencialização da Violência contra a Pessoa Idosa - 15 de junho -, instituído pela ONU com o objetivo de sensibilizar a comunidade para este problema com grave impacto sobre a saúde das populações.

De acordo com a OMS estima-se que uma em cada seis pessoas idosas tenha sofrido algum tipo de violência no ano passado, o que se traduz em 141 milhões de vítimas em todo o mundo. A violência contra as pessoas idosas é um fenómeno multidimensional, que muito embora à escala global, permanece frequentemente subnotificado. São diversos os obstáculos à sua deteção, decorrentes da situação de partilhar vulnerabilidade nesta fase do ciclo de vida, destacando-se, entre outros fatores, culpa, vergonha, dependência nas atividades de vida diária e financeira, baixa literacia, dificuldade no acesso a serviços de apoio. 

As práticas abusivas, que são transversais a toda a sociedade, podem revestir-se sob a forma física, psicológica, financeira, sexual, mas também abandono e negligência. Estas últimas representam inestimável sobrecarga sobre os sistemas de saúde e elevados custos sociais e económicos. 

Numa abordagem compreensiva e sistémica, os maus tratos a pessoas idosas surgem frequentemente relacionados com outras formas de violência ocorridas ao longo do ciclo de vida, sobretudo em contexto familiar e institucional. Enquanto problema de saúde pública e de direitos humanos, é importante reforçar as comunidades para a prevenção e intervenção nesta problemática, num trabalho integrado, intersetorial e de proximidade.

De acordo com a Década do Envelhecimento Saudável da ONU, são identificadas cinco áreas prioritárias de ação: 

1. Combater ao preconceito associado ao envelhecimento;

2. Gerar mais e melhores dados para compreender a dimensão do problema;

3. Desenvolver e ampliar intervenções custo-efetivas para prevenir e responder à violência;

4. Tornar a violência uma prioridade de investimento para conseguirmos combatê-la; e

5. Dirigir fundos e recursos para a sua concretização.

Em particular, compete aos serviços de saúde o reforço da literacia, capacitação de cuidadores/as, promoção do rastreio e deteção precoce, avaliação de indicadores risco, registo clínico e reporte de crime, mobilização de rede de recursos, prestação de cuidados integrados a quem é vítima, procurando simultaneamente promover respostas junto de pessoas agressoras com necessidades de saúde (saúde mental, comportamentos aditivos, entre outras).

A Rede de Equipas de Prevenção da Violência em Adultos, hoje implementada no SNS em cuidados de saúde primários e hospitais, desempenha um papel preponderante na sensibilização, formação e apoio aos/às demais profissionais de saúde, nomeadamente, divulgação de orientações técnicas e Registo Clínico de Violência em Adultos para apoio às boas práticas, disponível no Registo de Saúde Eletrónico-Área do Profissional.

Veja o vídeo da OMS sobre Prevenção dos Maus Tratos a Pessoas Idosas aqui (mensagem em português disponível aqui).

Consulte a Documentação Técnica.

Cartaz 1

Cartaz 2

Cartaz 3