Serviço Nacional de Saúde | 40 Anos | 1979-2019
Direção-Geral da Saúde

Programa de Vigilância da Infeção por (Clostridioides (Clostridium) difficile) - HAI-Net CDI

No âmbito da rede europeia de vigilância epidemiológica (VE) do European Centre for Disease Prevention and Control (ECDC), foram implementados vários programas de VE das infeções associadas aos cuidados de saúde, tornando-se obrigatória para todos os Estados Membros, a VE da infeção por Clostridioides (Clostridium) difficile (CDI), em rede Europeia (VE-CDI).

O Programa VE-CDI teve início na Europa em janeiro de 2016, com a designação de “European surveillance of Clostridioides (Clostridium) difficile infections” (HAI-Net CDI). O ECDC iniciou nesta data a coordenação da vigilância desta infeção em hospitais de cuidados de saúde de agudos, em países da UE / EEE.

O protocolo de vigilância do ECDC (European surveillance of Clostridioides (Clostridium) difficile infections - surveillance protocol) prescreve a metodologia e fornece as ferramentas de recolha de dados necessárias para atingir os objetivos da vigilância europeia da CDI.

O aplicativo de software é o HelicsWin.Net – gratuito, desenvolvido pelo ECDC, para a inserção manual de dados de vigilância de IACS, incluindo CDI. Os dados são armazenados no computador do utilizador. Após verificação da não existência de erros, os ficheiros são extraídos e enviados à Direção Nacional do PPCIRA/Direção-Geral da Saúde.

A DGS é a Entidade competente responsável pela submissão dos dados para o sistema TESSy, através da DSIA.

Portugal aderiu à VE da CDI) em 2018, numa experiência piloto, em parceria entre a DGS, através do PPCIRA, e o Instituto Nacional de Saúde Dr. Ricardo Jorge (INSA). Este estudo piloto contou com a participação do Centro Hospitalar de Lisboa Ocidental (CHLO), tendo sido utilizado o protocolo de consenso do ECDC e os dados enviados para o TESSy.

Objetivos do Programa HAI-Net CDI:

  1. Estimar a incidência de CDI em hospitais europeus de cuidados de agudos;
  2. Avaliar a carga de CDI (incluindo os casos recorrentes) em hospitais europeus de cuidados de saúde de agudos;
  3. Fornecer aos hospitais participantes um protocolo para que se efetue um registo e controlo dos dados, permitindo o acesso às variáveis em estudo.
  4. Avaliar e comparar as suas próprias taxas de incidência de CDI com as relatadas por outros hospitais participantes, a nível europeu;
  5. Calcular e comparar as taxas de incidência de CDI, tanto ao nível local, nacional e internacional.
  6. Descrever a epidemiologia de C. difficile a nível local, nacional e europeu, incluindo suscetibilidade a antibióticos, ribotipo-PCR, presença de toxina A (TcdA), toxina B (TcdB) e toxina binária de C. difficile e a deteção de ribotipos-PCR novos / emergentes.
  7. Avaliar os efeitos adversos devidos à CDI, incluindo a mortalidade;

O Programa HAI-Net CDI insere-se no conjunto de programas de vigilância epidemiológica (VE) de infeções em rede europeia e é coordenado a nível nacional, em parceria entre a Direção-Geral da Saúde (DGS)/Programa de Prevenção e Controlo de Infeções e de Resistências aos Antimicrobianos (PPCIRA) e o Instituto Nacional de Saúde Dr. Ricardo Jorge (INSA), pelos seguintes Membros:

  • Dra. Ana Lebre, Infeciologista, Coordenadora do Macroprocesso 1-VE do PPCIRA;
  • Dra. Filomena Martins: Microbiologista, colaboradora do PPCIRA para as atividades de VE;
  • Doutora Mónica Oleastro, – Responsável pelo Laboratório Nacional de Referência das Infeções Gastrintestinais do INSA e colaboradora da DGS/PPCIRA;
  • Enf.ª Clara Carvalho: Enfermeira gestora, membro do GCL-PPCIRA do CHLO, colaboradora da DGS/PPCIRA na área da VE.
  • O contacto com a Coordenação do Programa é através dos seguintes endereços eletrónicos:
    • ppcira-vecdi@dgs.min-saude.pt (inclui os contactos das Coordenadoras do Programa HAI-Net CDI)
    • C.C. de: ppcira@dgs.min-saude.pt

Lançamos o repto aos Membros dos Conselhos de Administração, aos Membros dos GCL-PPCIRA e aos Microbiologistas dos hospitais de agudos com Laboratório de apoio (sobretudo, aqueles que já enviam os dados de Clostridium de forma regular ao INSA), a aderirem a esta VE. Quanto mais hospitais englobarem este Programa de VE, mais representativa será a amostra dos hospitais portugueses e mais robustos serão os dados nacionais, de modo a melhor direcionar ações de melhoria.

Para aderir a este Programa de VE, deve ser preenchido o Formulário de Adesão (um por Hospital/Laboratório), que deve ser assinado por um representante do Órgão de Gestão, pelo Diretor do Laboratório e pelo Diretor/Coordenador do GCL-PPCIRA local, o qual deverá ser enviado à DGS/PPCIRA, via e-mail, para os seguintes endereços:

  • ppcira-vecdi@dgs.min-saude.pt
  • ppcira@dgs.min-saude.pt
  • C.C. do GCR-PPCIRA da ARS/SRS da área de referência

Como aderir ao Programa – Formulário de Adesão