Direção-Geral da Saúde

Inquéritos de Prevalência de Ponto de Infeções e de consumo de antimicrobianos e respetivas resistências

Em Portugal, os inquéritos de prevalência de ponto de infeções, consumo de antimicrobianos e resistências aos antimicrobianos (PPS), têm sido realizados por proposta do ECDC, inseridos na atual rede europeia de vigilância “Healthcare-associated Infections Surveillance Network (HAI-Net)”, em Hospitais (PPS de agudos) e em Unidades de Internamento de Longa Duração (LTCFs), incluindo as Unidades de Cuidados Continuados Integrados da RNCCI e da Rede de Cuidados Paliativos e os Centros Regionais de Reabilitação (Estudo HALT).

Em Portugal, os primeiros estudos de prevalência de Infeção realizaram-se em rede nacional nos anos de 1988, 1993, 2003, 2009 e 2010. Em 2012, 2013 e 2017 foram repetidos estes estudos (Unidades de Cuidados de Agudos e Unidades de Cuidados Continuados Integrados), desta feita já em rede europeia. Por exigirem muitos recursos, apenas são realizados periodicamente, de 5/5 anos e por consenso com o ECDC.

Em todos estes estudos, Portugal participou sempre com amostras significativas.

O principal objetivo dos estudos de prevalência de ponto é analisar de forma rápida, as infeções associadas aos cuidados de saúde (IACS), as resistências aos antimicrobianos (RAM) e o consumo de antimicrobianos na população de LTCFs e de Hospitais.

Os objetivos secundários são:

  • estimar a carga total (prevalência) de IACS, RAM e uso de antimicrobianos em hospitais de cuidados agudos na EU;
  • descrever doentes, procedimentos invasivos, infeções (locais, microrganismos, incluindo marcadores de resistência antimicrobiana) e antimicrobianos prescritos (princípios ativos, indicações);
  • estimar a carga de IACS ajustada ou estratificada por especialidades clínicas (para benchmark), por unidades de saúde e aos níveis nacional, regional e local e por País europeu;
  • descrever as principais estruturas e processos para a prevenção de IACS e resistência antimicrobiana no hospital e enfermaria
  • divulgar os resultados a quem precisa de saber a nível local, regional, nacional e da UE:
  • aumentar a conscientização de profissionais e cidadãos (promoção da literacia do cidadão);
  • melhorar as estruturas e as competências dos profissionais de saúde na área da vigilância;
  • identificar problemas comuns da UE e definir prioridades em conformidade;
  • avaliar o efeito das estratégias e orientar as políticas para o futuro a nível local / nacional / regional (repetição de estudo);
  • fornecer uma ferramenta padronizada para os hospitais identificarem metas de melhoria da qualidade. 

Os próximos estudos (PPS de Agudos e PPS HALT) estão previstos para 2022.