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Plano de Contingência para Ondas de Calor 2010

Plano de Contingência para Ondas de Calor 2010 aprovado pela Ministra da Saúde

PREFÁCIO

Os efeitos das alterações climáticas na saúde e no bem-estar da população portuguesa têm vindo a constituir, desde há vários anos, uma área de interesse para a Direcção-Geral da Saúde, no âmbito das questões relacionadas com a saúde ambiental.

Os estudos efectuados no contexto internacional, divulgados nos Relatórios do Painel Intergovernamental para as Alterações Climáticas, bem como no contexto português, disponibilizados através do Projecto SIAM (Scenarios, Impacts, and Adaptation Measures), perspectivam para Portugal um aumento da temperatura média do ar e um acréscimo do número de dias por ano com temperaturas elevadas.

Estas alterações de frequência e intensidade de períodos de calor comportam graves riscos para a saúde humana, com um potencial aumento da morbilidade e da mortalidade, nomeadamente os relacionados com os sistemas cardiovascular e respiratório.

A articulação entre entidades do sector da saúde, da protecção civil e da segurança social, nos diversos níveis, nacional, regional e local, constitui a chave para uma resposta adequada e eficaz. Nesse sentido, a implementação anual, desde 2004, do Plano de Contingência para Ondas de Calor, tem-se revelado uma importante ferramenta de adaptação às alterações climáticas.

Em resumo, o Plano de Contingência para Ondas de Calor, sendo um sistema de alerta e vigilância, representa um instrumento de trabalho que importa manter e melhorar, em colaboração com todas as entidades envolvidas, no sentido de obter ganhos em saúde para a população portuguesa, através da minimização dos efeitos negativos dos períodos de calor intenso.

PREFACE

Under the scope of Environmental Health, effects induced by climate change in both the health and well-being of the Portuguese people have been a subject of interest for the Directorate-General of Health in the past several years.

Data from the Intergovernmental Panel on Climate Change (IPCC), as well as several national studies such as the Project SIAM (Scenarios, Impacts and Adaptation Measures), indicate that Portugal should expect an increase in average air temperature, along with a larger number of days per year with above-average temperatures.

These changes in frequency and intensity of hot periods carry serious risks to human health, increasing both morbidity and mortality rates relating to the cardiovascular and respiratory systems.

Articulation of different stakeholders in the fields of health, civil protection and social security, on national, regional and local levels, is the key to an adequate and effective response. Therefore, the annual implementation of the Portuguese Heat Wave Contingency Plan has, since 2004, provided an important aid in adapting to climate change.

In summary, the Portuguese Heat Wave Contingency Plan, being a daily warning and surveillance system, is a working tool to be kept and improved in collaboration with all the stakeholders, in order to achieve higher health gains for the Portuguese citizens, by minimizing the negative effects of intense heat periods.